Animais sinantrópicos são espécies que convivem com os seres humanos em áreas urbanas ou rurais, utilizando os ambientes habitados ou modificados pelo homem para viver, alimentar-se ou reproduzir-se. Essa convivência pode ser intencional (quando são tolerados ou bem-vindos) ou não intencional (quando são considerados incômodos ou prejudiciais).  

Esses animais são divididos em:  

• Sinantrópicos positivos: Beneficiam os seres humanos ou o ambiente em que vivem, como por exemplo as abelhas (importantes para a polinização), algumas aves (que controlam insetos), morcegos (controladores de pragas).  
• Sinantrópicos negativos: Podem causar prejuízos, doenças ou incômodos ao homem e ao ambiente, como por exemplo os ratos, baratas, pombos, mosquitos, escorpiões.

Alguns sinantrópicos, como lagartixas e aves, ajudam a controlar populações de insetos, como mosquitos e baratas, as abelhas e morcegos contribuem para a polinização de plantas, essencial para a agricultura e ecossistemas e a presença ou ausência de certos animais pode indicar a qualidade ambiental de uma região.  

Por outro lado, alguns animais sinantrópicos, representam riscos à saúde pública. Alguns são vetores de doenças, transmitindo-as diretamente ou por meio de seus excrementos.  Os ratos por exemplo podem transmitir leptospirose, hantavírus e salmonelose. Os mosquitos (Aedes aegypti) são vetores da dengue, zika, chikungunya e febre amarela.  As baratas podem contaminar alimentos e superfícies com microrganismos causadores de infecções.

Esse animais também podem provocar danos à infraestrutura, por exemplo os cupins podem destruir estruturas de madeira. Os ratos e pombos podem danificar fiações elétricas, telhados e estoques de alimentos.  

Alguns animais sinantrópicos podem competir com a fauna nativa, desestabilizando ecossistemas. Por exemplo, pombos e gatos ferais podem reduzir populações de aves silvestres.  

É importante a sensibilização da população sobre práticas que minimizam os riscos e benefícios de conviver com esses animais. Medidas como a limpeza de ambientes urbanos , a eliminação do alimento e abrigos também são fundamentais para evitar a proliferação de baratas, ratos e mosquitos.
 
Empresas de controle de pragas podem ajudar no controle e/ou eliminação desses animais a partir do momento que eles se tornam um problema. No caso de espécies como pombos e gatos, métodos éticos e não letais devem ser priorizados, como programas de castração e manejo adequado.  No caso de mosquitos, ratos e baratas, existem controles específicos, como por exemplo o controle mecânico, químico ou biológico.  

Os animais sinantrópicos exercem uma influência direta e significativa sobre a vida humana. Enquanto alguns oferecem benefícios essenciais, como o controle de pragas e a polinização, outros representam riscos à saúde pública e ao meio ambiente. O manejo equilibrado e ético desses animais é fundamental para minimizar os impactos negativos e maximizar os benefícios, garantindo uma convivência sustentável entre humanos e a fauna urbana.